A cultura come a estratégia no café da manhã!
- Tiago Celedonio
- 12 de jun. de 2018
- 3 min de leitura
Atualizado: 16 de nov. de 2020
A frase que está no assunto desta postagem é do Peter Drucker (1909-2005), o cara que é considerado o pai da administração moderna. A gente admira muito esse pensador e considera a CULTURA de uma organização o primeiro pilar de qualquer trabalho que se possa vir a realizar com uma empresa, portanto nada mais justo do que citá-lo aqui.

O Peter Drucker é tipo um beatle - meus amigos músicos dizem que não existe nada no universo da música que não tenha sido feito pelos Beatles de alguma forma no passado. Fazendo um paralelo: não existe nada em administração hoje que não tenha sido antevisto pelo Peter Drucker. No máximo podemos encontrar um ou outro conceito empacotado de um jeito diferente.
Pois bem, é exatamente isso que se dá com o tema da cultura organizacional. Finalmente, hoje, se fala muito sobre a importância da cultura para as empresas e é como se isso fosse uma novidade, mas o nosso beatle já havia deixado muito claro:
A CULTURA COME A ESTRATÉGIA NO CAFÉ DA MANHÃ!
E o que isso quer dizer?
Isso significa que não adianta nada conceber um plano com uma visão arrojada, objetivos bem definidos e gatilhos financeiros embasados se as ações que você pensou estiverem em choque com a cultura vigente da sua organização. Nada vai dar certo se a cultura da empresa não favorecer a execução do que você está pensando.
Além do que, há inúmeros benefícios em possuir uma identidade corporativa clara e uma cultura organizacional alinhada com essa identidade - é aí que começa a eficiência!
Nós decididamente não vivemos mais um momento que permite o "Ctrl+C / Ctrl+V" de declarações de missão, visão e valores para garantir um selo de qualidade qualquer ou simplesmente para massagear o ego de um gestor que deseja dizer que tem uma cultura organizacional pensada! Esse processo de definição realmente precisa acontecer de dentro para fora. A era da comunicação de mão dupla está mais do que instalada e os consumidores percebem as empresas de forma muito mais clara, portanto não dá para viver com declarações vazias penduradas nas paredes de salas habitadas por colaboradores que que não agem de acordo com o que está escrito. Veja só:
Aceitar contratos fora da sua expertise para equilibrar situações financeiras de curto prazo é plantar problemas para o futuro. Foco!
Tentar conseguir clientes que não reconhecem o problema com o qual você trabalha é perda de tempo. Posicionamento!
Contratar gente que não entende nem é capaz de comprar a sua briga diminui a qualidade das entregas. Recursos Humanos!
Estes, entre tantos outros problemas de base, se originam na falta de reconhecimento do que é ou deveria ser a identidade/cultura da organização.
Se você quer colher os benefícios de possuir uma empresa que age de forma alinhada com os seus objetivos, é preciso dedicar tempo para definir claramente a empresa que você quer - que problema você quer ajudar os outros a resolver? Exatamente como você ajuda as pessoas a resolver esses problemas, qual o diferencial da sua solução? Em que tipo de relações você acredita? Com que tipo de gente você quer lidar no seu trabalho? O que você topa e o que você não topa fazer no exercício da sua profissão?
Toda empresa que corre macia possui uma equipe que vive a mesma cultura - encontrar colaboradores é mais fácil, produzir se torna agradável, a criatividade flui e a vontade de ajudar os clientes torna-se notável.
Esse tipo de organização costuma ter mais presença institucional, é mais facilmente lembrada e recebe mais indicações de possíveis clientes dentro do perfil de conversão, portanto tende a gastar menos com marketing.
Empresas com uma cultura forte realizam muito mais gastando muito menos! Se a sua organização possui um padrão cultural, você não precisa impor um dress code, não precisa estabelecer regras para atender o telefone e simplesmente não tem que parar o tempo todo para dizer o tipo de problema que deve ser tratado primeiro... As coisas fluem, é orgânico.
Além do que, é esse perfil de empresa que costuma se alinhar com propósitos realmente transformadores e contribuir verdadeiramente com a melhoria das comunidades onde estão inseridas.
Se você ainda não parou para definir os princípios da sua identidade corporativa, os elementos que determinam a cultura organizacional que você quer construir, reserve tempo para essa tarefa e perceba que, além de tudo, você estará tornando a sua empresa mais eficiente, portanto mais rentável.
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